DIA DO MAR
DIA DO MAR
João Pedro Barreiros contou e encantou…
Hoje, dia 16 de Novembro, comemora-se o Dia do Mar. Na Escola Básica e Jardim de Infância do Raminho teve lugar uma comunicação proferida pelo Professor Doutor João Pedro Barreiros, intitulada "Biodiversidade Marinha dos Açores - recursos vivos a preservar".
Este evento integra-se nas acções do Ano Internacional dos Desertos e Desertificação, promovido pelo Campus de Angra do Heroísmo, da Universidade dos Açores, bem como do Projecto Disseminação do Centro de Estudos do Mar em implementação, no nosso Estabelecimento de Ensino, em parceria com a Gê-Questa.
A vastidão dos mares, que tanto alimentou a inspiração e curiosidade de povos, arrastou consigo a ilusão que existiam poucos ou nenhuns limites ao seu uso e abuso.O crescente conhecimento dos mares e o princípio de sustentabilidade surgem como uma resposta alternativa ou condição capaz de mudar a atitude, pelo entendimento de que, a breve trecho, teremos que ter um cuidadoso planeamento e gestão do ambiente e saber construir novos sentidos de civilização. Será importante que isso nos conduza a um maior reconhecimento, não só do potencial dos mares e oceanos para o progresso social e económico, como também, da sua vulnerabilidade.
Para quem vive nas ilhas, mas também, para quem ensina e aprende numa escola com uma vista magnífica sobre o mar, seria inevitável relacionar o mar com o Ambiente.
Os oceanos cobrem quase ¾ da superfície da Terra, contêm 97% da sua água superficial, são o maior habitat do Mundo e pululam de vida.
O Professor Doutor João Pedro Barreiros veio revelar-nos este mundo impressionante e deu-nos a conhecer algumas das espécies marinhas dos Açores. Desde as elegantes medusas, aos cavalos-marinhos que até se podem encontrar na marina da Praia da Vitória, ao inofensivo Tubarão Martelo que ali vai ter as suas crias, às tartarugas, aos golfinhos, ao atum, às baleias, todos tiveram um lugar de destaque e uma história para contar…
Combates ritualizados, posturas de dissuasão, desmistificação de medos, navios afundados, curiosidades, leis inadequadas, inteligência dos seres marinhos, cadeias tróficas, construíram um verdadeiro labirinto de conhecimentos que nos levaram, desde o Atlântico até à Antárctida e de volta à Macaronésia, e por fim, ao Raminho e ao pequeno mundo do nosso aquário onde, por enquanto, apenas vivem onze tainhas, que iremos cuidar com muito carinho.