Redescobrir o mundo rural

quarta-feira, novembro 16, 2005

Eu ouvi um passarinho às quatro da madrugada...


Hoje quero brindar-vos com uma linda canção dedicada a todos os emigrantes. Esta foi ensinada pelos avós que pertencem ao grupo de idosos da freguesia, coordenado pela senhora Dina Soares, que dinamizou e animou algumas actividades com os alunos da EB1/JI do Raminho.


I
O Raminho quando canta
Recordando a tradição
Traz a alma na garganta
E o sonho no coração
Coro
Eu ouvi um passarinho
Às quatro da madrugada
Numa casa do Raminho
Onde vive a sua amada
Por ouvir cantar tão bem
A sua amada chegou
Por isso pra mais ninguém
O passarinho cantou
II
Raminho nunca mais finda
O amor que tenho por ti
Tu és a coisa mais linda
Como ainda nunca vi
III
Tens muitos filhos ausentes
Por esse mundo além
Mas estão sempre presentes
Porque lhes queres muito bem
IV
Lembram o teu Império
E os teus antepassados
E a Pia do Baptistério
Onde foram baptizados
V
Não esquece a tourada
Nem o cortejo de oferendas
E uma boa sardinhada
No teu Parque de Merendas
VI
Do Miradouro ninguém esquece
Nem da Vigia da Baleia
Raminho até parece
Que não nos sais da ideia
VII
Para ti quero voltar
Se nada me acontecer
Raminho quero acabar
Na terra que me viu nascer
Coro
Eu ouvi um passarinho
Às quatro da madrugada
Numa casa do Raminho
Onde vive a sua amada
Por ouvir cantar tão bem
A sua amada chegou
Por isso pra mais ninguém
O passarinho cantou
Manuel Ourique

5 Comments:

At 11:30 da tarde, Blogger Fátima Silva said...

Rapariga, o teu blog é lindíssimo.
Cheio de cor e sentimento... vive da emoção.
Parabéns!

 
At 12:44 da manhã, Blogger vidal said...

Obrigada, Fátima!
A vida é bela e às vezes quase não temos tempo de a apreciar em todas as suas dimensões.
Para mim o Raminho integra essas dimensões que até esquecemos de vivenciar: a existência de espaços paisagísticos extraordinários, uma cultura e uma forma de organização social muito especiais.
Cada vez me desperta maior interesse e curiosidade entender e comunicar aos outros... e depois tu conheces-me. Empolgo-me e pronto!

 
At 8:35 da tarde, Blogger Desambientado said...

Tão doce que é o Raminho,
Tão doce como quem o canta,
Mesmo cantando baixinho,
É melodia que encanta.

O teu post merece este triste esforço de rimar.

 
At 9:21 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Se vissemos esta fotografia em qualquer sítio perguntariamos que paraíso é este? Pois é uma fotografia tirada no Raminho, que demonstra todas as possibilidades que esta freguesia tem. Sou feliz por poder visitar esta linda terra todas as semanas e privar de um chá contigo e com a restante malta. Que belo contributo estás a prestar para a divulgação de um lugar que também começa a ser teu.
Bem haja!

 
At 11:13 da tarde, Blogger vidal said...

Agradeço do fundo do coração tantos elogios.
Começo a sentir-me orgulhosa, mas com a enorme responsabilidade de continuar a corresponder.
De resto, limito-me a revelar neste espaço aquilo que me parece corresponder à (re)descoberta do mundo rural como reserva de heranças e memórias culturais e ambientais únicas, a que eu própria já me apeguei.
Agradeço a todos os Raminhenses que têm sido capazes de estimar e garantir que chegasse às nossas gerações e às futuras este legado de valor incalculável.

O Doutor Félix não pára de me surpreender e, para além disso, nunca esquecerei que a si devo este desafio e às pedras do Raminho.

 

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