Redescobrir o mundo rural

terça-feira, fevereiro 20, 2007

"Uma Aula Atribulada"




Carnaval tu és lindo
Uma festa sem igual
Tu serás sempre bem-vindo
Vem sorrindo Carnaval...


"Uma Aula Atribulada" é o tema do Bailinho de Carnaval das Crianças do Raminho.

Fizemos este bailinho
Hoje pela primeira vez
Com todo o nosso carinho
E respeito por vocês

Tudo começou por ser uma experiência. O Professor Eugénio Simas teve a iniciativa e os alunos não pararam de nos surpreender. Soubemos logo o que realmente importava, dinamizar no Horário Alargado actividades diferentes, com alguma originalidade, recriar um pouco da cultura e da identidade local ... e daí surgiu o interesse de todos para convertermos tudo isso num Projecto.


Hoje, pela primeira vez, estreamo-nos no palco da Sociedade do Divino Espírito Santo do Raminho. A Junta de Freguesia teve a seu cargo a transmissão em directo do ensaio, a partir de um Canal Audio na Internet e numa rádio local.


Aqui fica registado o assunto do nosso Bailinho!


Cena I

Somos professoras desta escola
É esta a nossa profissão
Tirem os livros da sacola
Porque vai começar a lição

A aula hoje vai ser
Um teste à vossa memória
Vamos começar por fazer
Uma pergunta de História

Senhora professora isso, eu sei
História é a minha especialidade
Eu toda a noite estudei
Pode perguntar à vontade

O menino que não dormiu
E estudou a noite inteira
Diga-me quem descobriu
O arquipélago da Madeira

Foi um homem que enfrentou
Tempestades e o mar ruim
Esse senhor era o avô
Do Dr. Alberto João Jardim

Pois eu já estava a ver
Que só podia sair asneira
Tenho outra pergunta p’ra fazer
Quem é que me sabe dizer
Quem foi Brianda Pereira?

Foi uma senhora que deu
Aos espanhóis um bom destino
E depois que os venceu
Também foi ela que vendeu
Os toiros ao José Albino

Pois isso, eu não sabia
Mas não faz mal nenhum
Com tanta sabedoria
Acho que a senhora devia
Dar um Muito Bom a cada um

Cena II


Agora gostava de saber
Sobre os meus meninos queridos
O que é que gostavam de ser
Quando forem crescidos?

P’ró governo eu quero ir
Eu gosto de ser famoso
E aí eu posso mentir
Sem me dizerem a seguir
Que eu sou mentiroso

Eu gosto é de descansar
Quando for grande faço assim
Escolho alguém para casar
Que goste de trabalhar
E o dinheiro é p’ra mim

E eu quero ser lavrador
Porque é isso que está a dar
Como sou muito trabalhador
Depois compro um tractor
Para o governo é que pagar

Eu só quero é estudar
Ser professora é o meu caminho
E quando começar a trabalhar
Venho aqui p’ró lugar
Das professoras do Raminho

Pode vir acontecer
Mas como isso não é já
Primeiro tem que aprender
E é preciso não esquecer
A ajuda que a escola dá

Mas agora o que acontece
Pelo trabalho que a gente fez
Veja lá se não se esquece
Porque acho que a gente merece
Um Muito Bom, outra vez

Cena III

E sobre o Meio Ambiente
Quem é que quer ser simpático?
E falar principalmente
Do mundo subaquático

Fiquei sabendo à bocadinho
Porque eu nem fazia ideia
De que tínhamos no Raminho
Uma Vigia de Baleia

Como eu nunca vi nenhuma
Acho que era necessário
Um dia caçarmos uma
E pô-la no nosso aquário

Mais fácil faz-se ao contrário
Como ela é grande que é uma coisa feia
Em vez da baleia no aquário
Põe-se o aquário na baleia

Vamos agora mudar de táctica
Nas perguntas a vocês
Temos um pouco de Matemática
Que é a parte mais dramática
Do ensino português

Vamos à primeira questão
Começando por perguntar
Dois e dois, quantos são?
É fácil é só somar

Dois e dois são vinte e dois
E vinte e dois são o que são
Não venha dizer depois
Que não estudamos a lição

Se tivessem sete ovos agora
Seis e mais um, vocês somavam
Depois tiravam três para fora
Com quantos ovos ficavam?

Aos ovos que a gente tinha
Até se podia somar mais um
Depois matava-se a galinha
Ficavam sem ovo nenhum

Três e quatro são sempre sete
E voltam a ser outra vez
Quando às vezes se mete
Quatro em cima de três

Com os números nunca brinco
Faça a soma que fizer
Três e dois também são cinco
É Muito Bom que a gente quer

Cena IV

Antes de irem para o recreio
Eu acho que não é demais
Falarmos do Estudo do Meio
Das plantas e dos animais

O animal é diferente
Raramente são iguais
Não há animal como a gente
Mas há gente como animais

Alguns que usam gravatas
E que passeiam pelas ruas
Só são diferentes nas patas
Neste caso só têm duas

Meninos muito bem
As asneiras foram tantas
Mas temos que falar também
Um pouco sobre as plantas

Gosto muito das bananeiras
Até já fiz um desenho
Com bananas da Madeira
Quase deste tamanho

Sobre a batata ninguém falou
Porque é diferente do repolho
Por não serem como eu sou
Já muita gente levou
Uma batata num olho

Pronto, acabou-se a lição
Só acho que é uma pena
Porque as respostas que vocês dão
Merecem uma nota pequena

Professora Eva e professora Aurora
Desculpem-nos algum engano
Pelo que dissemos pela boca fora
Se as notas fossem agora
Nenhum de nós passava o ano

FIM

O Autor: Domingos Dias

O Docente: Eugénio Simas








sexta-feira, novembro 17, 2006

DIA DO MAR

DIA DO MAR


João Pedro Barreiros contou e encantou…
com a sua sabedoria e deu colorido a este dia!!!



Hoje, dia 16 de Novembro, comemora-se o Dia do Mar. Na Escola Básica e Jardim de Infância do Raminho teve lugar uma comunicação proferida pelo Professor Doutor João Pedro Barreiros, intitulada "Biodiversidade Marinha dos Açores - recursos vivos a preservar".


Este evento integra-se nas acções do Ano Internacional dos Desertos e Desertificação, promovido pelo Campus de Angra do Heroísmo, da Universidade dos Açores, bem como do Projecto Disseminação do Centro de Estudos do Mar em implementação, no nosso Estabelecimento de Ensino, em parceria com a Gê-Questa.


A vastidão dos mares, que tanto alimentou a inspiração e curiosidade de povos, arrastou consigo a ilusão que existiam poucos ou nenhuns limites ao seu uso e abuso.O crescente conhecimento dos mares e o princípio de sustentabilidade surgem como uma resposta alternativa ou condição capaz de mudar a atitude, pelo entendimento de que, a breve trecho, teremos que ter um cuidadoso planeamento e gestão do ambiente e saber construir novos sentidos de civilização. Será importante que isso nos conduza a um maior reconhecimento, não só do potencial dos mares e oceanos para o progresso social e económico, como também, da sua vulnerabilidade.


Para quem vive nas ilhas, mas também, para quem ensina e aprende numa escola com uma vista magnífica sobre o mar, seria inevitável relacionar o mar com o Ambiente.



Os oceanos cobrem quase ¾ da superfície da Terra, contêm 97% da sua água superficial, são o maior habitat do Mundo e pululam de vida.



O Professor Doutor João Pedro Barreiros veio revelar-nos este mundo impressionante e deu-nos a conhecer algumas das espécies marinhas dos Açores. Desde as elegantes medusas, aos cavalos-marinhos que até se podem encontrar na marina da Praia da Vitória, ao inofensivo Tubarão Martelo que ali vai ter as suas crias, às tartarugas, aos golfinhos, ao atum, às baleias, todos tiveram um lugar de destaque e uma história para contar…



Combates ritualizados, posturas de dissuasão, desmistificação de medos, navios afundados, curiosidades, leis inadequadas, inteligência dos seres marinhos, cadeias tróficas, construíram um verdadeiro labirinto de conhecimentos que nos levaram, desde o Atlântico até à Antárctida e de volta à Macaronésia, e por fim, ao Raminho e ao pequeno mundo do nosso aquário onde, por enquanto, apenas vivem onze tainhas, que iremos cuidar com muito carinho.

















Fica aqui o agradecimento muito especial ao Professor e votos de uma boa viagem até Singapura!

segunda-feira, novembro 13, 2006

SÃO MARTINHO 2006


Pensámos em cruzar tempos e aproximar gerações num momento de convívio e troca de saberes. O passado e o futuro, os avós e os netos, no mesmo contexto, a Escola Básica e Jardim de Infância do Raminho.

Quisemos integrar o evento implementado no nosso estabelecimento de ensino no Projecto “FEIRA DE SÃO MARTINHO” e o mesmo realizou-se no dia 10 de Novembro.

Durante a semana, enquanto se ensaiavam ideias originais, alguns já diligenciavam os preparativos para a comemoração. Uma avó fazia o “crescente” para confeccionar as “escaldadas”. Iríamos todos aprender a fazer os pãezinhos que, antigamente, as avós coziam para oferecer às crianças, por esta época do Pão-por-Deus. O valor simbólico da partilha, também explícito no acto de generosidade do Santo que cortou a sua capa ao meio para dar ao mendigo.

Quinta-feira de manhã, estava tudo a “modos” de amassar: 3 kg de farinha de milho, 1 kg de açúcar, uma colher de sopa de sal, três litros de leite a ferver e escaldam-se os ingredientes. Depois de arrefecer, junta-se 4 kg de farinha de trigo, o fermento, duas dúzias de ovos, duas barras de manteiga, 250g de banha e mistura-se tudo com a farinha de milho. Amassa-se bem amassado e fica a levedar.

Mãozinhas de crianças ajudam a dar forma aos pãezinhos que são colocados sobre folhas de Jarroca, dispostas três a três, uma com a ponta para um lado e a outra no sentido contrário.

Entretanto, “socas” de milho estavam a ser debulhadas, para cozer os grãos em panelas de ferro sobre trempes, ao calor da lenha em achas, e ainda era preciso dar um golpe nas castanhas.

Todos combinavam esforços para tudo ficar arranjado para o dia seguinte.

O dia seguinte amanheceu cinzento, em contraste com a alegre excitação que reinava entre as crianças, mas tínhamos esperança que o Sol ainda pudesse brilhar como conta a lenda.

Subitamente, por entre os chuviscos apareceu um tímido raio de sol e resolvemos arriscar. Corremos rapidamente para o pátio e juntos começámos a dispor as diversas actividades da Feira de São Martinho:

Barraquinha dos Petizes
Venda de castanhas, pipocas, milho cozido, leite e chá. O preçário estava à vista e as crianças trabalhavam afincadamente.

Armar Cavaleiros
Na academia formavam-se os “Martinhos”, soldados do reino. Aqui aprendia-se a esgrima e a equitação.

Feira Popular
Era um espaço de exploração livre do Parque Infantil

Oficina Artistas de Outono
Foi inicialmente dinamizada pelos avós que ensinavam as crianças a fazer as vacas e bezerros com os “tocos” das socas de milho. Eram, em tempos, os brinquedos com que os meninos se entretinham. Uma avó, entusiasmada, elaborava uma boneca de folha de milho, perante o olhar admirado dos pequenos.
















Memórias

Os jogos tradicionais do pião, arcos de ferro e carrinhos de madeira e as canções populares, recriam o cenário de um tempo distante, mas continuam hoje a fazer as delícias dos mais traquinas.















Eira Popular

A estafeta consistia em varrer o milho que se encontrava dentro de um cesto de vindima para outro e transportar de volta, numa vassoura, as castanhas até ao cesto.


Cantinho das Experiências
Os alunos experimentavam três experiências: o pão saltitão, o repuxo e a lâmpada mágica.



Pirâmide dos Valores
Designação de uma estafeta que se realizava em skates, para prender os valores em cada uma das faces da pirâmide quadrangular.




Casino do Raminho
Entre os jogos do Casino, para conquistar pontos, constavam o lançamento à distância, acertar no alvo e o Sapo Glutão.

Banco
Instituição bancária local onde os alunos podiam levantar e trocar dinheiro (material destacável da área da Matemática).

A reflexão sobre a construção do mundo actual, e em particular do mundo rural, onde hoje convergem e se precipitam tempos históricos e se abrem as perspectivas de uma complexidade onde se amalgamam o natural, a tecnologia e o simbólico, onde se ressignificam tradições, valores, saberes, identidades, culturas, impulsionou, por parte de toda a comunidade educativa, este Projecto intitulado “FEIRA DE SÃO MARTINHO, num dia único de convívio entre gerações.

Viva o São Martinho,
na Escola do Raminho!

Hoje, dia 13 de Novembro, segunda-feira, com os alunos, docentes e auxiliares da EB1/JI dos Altares, aproveitámos para repetir o Projecto desenvolvendo as diferentes actividades e confraternizando.
Agradecemos a colaboração do Professor de Apoio à área de Educação Físico- Motora, Rui Martins, da Coordenadora do Grupo de Idosos, Dina Soares, da representante dos encarregados de educação, Isabel Coelho, à avó da Joana e à mãe da Beatriz.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Percurso de Interpretação Ambiental

No dia 6 de Outubro realizou-se um Intercâmbio entre a turma do 1º e 4º anos da EB1/JI do Raminho e a turma do 4º ano da EB1, 2 e 3 dos Biscoitos.
O Projecto integrou conteúdos e objectivos das disciplinas curriculares de Estudo do Meio, Educação Física e no âmbito da Educação Ambiental:

Aspectos físicos do meio local
(1) Observar e reconhecer rochas, solos e a necessidade da sua classificação; nascentes e cursos de água;

Aspectos naturais do meio local
(2) Observar e identificar algumas plantas do ambiente próximo (endémicas, introduzidas e invasoras);
(3) Realizar habilidades apropriadas num Percurso de Orientação na Natureza, de acordo com o terreno e com os sinais de orientação.
Estiveram responsáveis por este Projecto a professora Eva Vidal, os professores Rui Martins e Hugo Bernardo e o Bruno Barcelos, estudante do Mestrado em Engenharia do Ambiente da Universidade dos Açores e natural desta freguesia do Raminho.
O Parque das Merendas e a Ribeira do Borges (zona sudeste da freguesia) foram os locais escolhidos para aprender.
As actividades seleccionadas apelaram à observação directa do solo, da água, das árvores e da mata como espaço de vida. Preocupámo-nos em despertar a curiosidade dos alunos e, para isso, procurámos fazê-lo proporcionando-lhes vivências que, em simultâneo, motivavam o encanto, o conhecimento, o respeito pela natureza, incutindo valores para a conservação e o interesse pelo meio ambiente.
O trabalho desenvolvido fica aqui registado para quem se interessar ou quiser aceitar o desafio de realizar este roteiro connosco.
Temática: Percurso de Interpretação Ambiental - Pelas Brumas da Montanha...
1ª etapa: Recepção dos participantes na Eb1/JI do Raminho. Deslocação em viaturas até ao Parque das Merendas.
2ª etapa: Apresentação de um Powerpoint com os conceitos-chave, respectivas definições e imagens.
3ª etapa: Observação da Ribeira do Borges e interpretação do perfil da mesma.
4ª etapa: Observação da flora, identificação do nome comum e científico de algumas espécies locais; recolha de amostras.
5ª etapa: Visita à zona de extracção de inertes [formação peralcalina de Santa Bárbara: escoadas traquíticas e depósitos piroclásticos]; Observação e recolha de algumas amostras de rocha; Experiências no tanque.
6ª etapa: Percurso de Orientação na Natureza.
7ª etapa: Reflexão sobre o trabalho desenvolvido e avaliação do Projecto.
Avaliação do Intercâmbio
Opinião dos Grupos de Alunos:
Trevo, Natureza, Invencibles, Os Três Mosqueteiros, Estrela-do-Mar, Portugal, Tubarões e Leões
Quais as actividades que gostaram mais?
  • Fazer o percurso da água;
  • A actividade que mais gostámos foi da ribeira;
  • A actividade que mais gostámos foi ir procurar as pedras;
  • Gostámos do que o Bruno explicou sobre as pedras e das coisas que ele disse sobre as plantas;
  • A actividades que gostámos mais foi a de meter a pedra na água do tanque e ela não se afundar;
  • A actividade que mais gostámos foi a visita à ribeira.

Quais as actividades que gostaram menos?

  • Nenhumas, nós gostámos de todas;
  • Nós não gostámos de estar no tanque;
  • Nós não gostámos foi da chuva;
  • Nós gostámos de tudo;
  • Nós gostámos de tudo, mas não fizemos umas, o percurso de orientação teve de ser adiado devido às condições climáticas.

O que gostariam de fazer no próximo Intercâmbio?

  • Fazer um percurso até aos pinheiros;
  • Uma corrida de bicicleta na mata;
  • Aprender mais coisas sobre as plantas e sobre as rochas;
  • Gostaríamos de fazer mais actividades;
  • Gostaríamos de fazer outras coisas e conhecer melhor a natureza;
  • Gostaríamos de dar uma volta, de fazer mais jogos e mais coisas.

Sugestões dos professores para dar continuidade ao Projecto: construir um glossário com os conceitos-chave e respectivas definições; registo escrito da actividade com fotografias; identificar as amostras das rochas recolhidas; elaborar uma listagem com as plantas nativas, introduzidas e invasoras do meio local e construção de um herbário da turma.

Em tom de conclusão, direi que todos estes objectivos pensados para os alunos conhecerem o seu ambiente natural, despertar o convívio com a natureza ente alunos e professores, , ensinar conteúdos ambientais de uma forma vivenciada, desenvolver valores éticos em relação à natureza, serviram também para nos conquistarmos mutuamente e faz-me perceber que é bom acreditar que temos hoje, enquanto educadores, uma missão tanto mais complexa e difícil quanto fascinante e desafiante.

"A única meta da educação: o estilo.

O importante não é a bagagem ou a instrução,

mas as ferramentas que servem para captá-la"

Antoine de Saint-Exupéry

Agradeço e dedico este post ao Bruno, nosso companheiro e aliado desta aventura, que nos inspirou e mostrou novos caminhos entre as brumas do Raminho.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Um Doce, Um Conto


Se um livro é uma viagem no tempo e no sonho... quisemos abrir uma nova página e viver esta história.
O novo ano lectivo começou e novas experiências se vislumbram para toda a comunidade educativa do Raminho.
Desta vez, fomos todos juntos à procura das cores, dos sabores, das sensações, da paisagem, do Outono...
Fomos colher amoras silvestres, entre caminhos pedestres e conseguimos juntar 4,5 Kg.
As silvas da amora silvestre crescem entre vegetação de Urze (Erica azorica) e Cedro-do- mato (Juniperus brevifolia).
O doce caseiro, confeccionado pela mamã Isabel, resulta do sabor genuíno da Natureza.
A Escola pretende adquirir uma colecção de histórias tradicionais da Literatura Infantil e, por isso, "Um Doce, Um Conto"... veio concretizar esse sonho!
Hoje depois do doce embalado foi tempo de decorar os frascos, escrever as quadras e comercializar.
As imagens documentam os momentos mais significativos.

Ai que doce docinho

Com amoras como gostas

Foi apanhado no Raminho

Nas suas belas encostas


Nós seguimos estrada fora

Seguimos por tanto caminho

Para ir apanhar amora

Para a escola do Raminho


No Raminho há muita amora

Para doce confeccionar

Para os meninos da escola

Poderem saborear


Quem de amoras não gostar

E vier ao nosso Raminho

Este doce tem de provar

Porque foi feito com carinho

As poesias foram escritas pela menina Margarida e pelo seu avô.

quarta-feira, junho 28, 2006

Visita de Estudo à Gê-Questa

A Gê-Questa foi legalmente constituída como Associação de Defesa do Ambiente, em 3 de Junho de 1994. Tem a sua sede no Forte Grande de São Mateus, a cerca de 5 Km de Angra do Heroísmo.


Fomos ao encontro desta Associação para ficarmos a conhecer melhor o seu papel, a sua vocação. Descobrimos que para além de continuar a ser essencial a sensibilização e a Educação Ambiental em parceria com outras instituições como as escolas, o Serviço de Promoção Ambiental, as Autarquias, e não deixando de ser contestatária sobre algumas situações actuais, encontrou presentemente novos caminhos de intervenção e participação.

E foi com imenso entusiasmo que aceitámos envolver-nos nesta acção concreta sobre o Mar.

O seu anterior Presidente, Victor Medina, afirmou um dia que “a tendência é de nos começarmos a situar em relação ao mar, por empirismo, por inspiração, questão racional, mas também pela nossa situação geográfica como ilhéus. Pela sede da Gê-Questa ser em cima do mar e numa comunidade piscatória, percebeu-se que a breve trecho seria inevitável ter opiniões sobre o mar e sobre o mar sabemos pouquíssimo como ambientalistas, como Associação e como ilhéus…”

O propósito desta Visita de Estudo à Gê-Questa foi que, de alguma forma, significasse um contributo possível capaz de promover a responsabilidade e a intervenção consciente na relação com os ambientes intermareais, num processo de aprendizagem e respeito pelos ambientes costeiro e marinho.














A visita ao Centro de Estudos do Mar e ao Núcleo Museológico do Mar e a posterior recolha de espécies nas Poças de Maré da Zona Balnear do Negrito representa um potencial educativo e pedagógico fantástico em que se aproveita para sensibilizar e, simultaneamente, despertar a consciência ambiental. Fazendo os alunos pensarem, sentirem e agirem, procura-se promover a Educação Ambiental para a mudança de comportamentos não apenas pela simples assimilação de conhecimentos, mas da sua apropriação, numa perspectiva criativa e construtiva, pela observação, exploração sensorial, incentivando-se a responsabilidade, protegendo o que temos HOJE para usufruirmos AMANHÃ.

Pedimos a colaboração desta Associação de Defesa do Ambiente, para nos ajudarem a intervir e a criar nos alunos a necessidade de relacionar o mar com o ambiente, suscitando-lhes a sua intervenção activa ao assumirem, para o próximo ano lectivo, a manutenção de um aquário, na Escola do Raminho, com espécies naturais dos Açores.










Agradecemos ao Filipe e ao seu colega Nuno que nos proporcionaram este dia magnífico de descobertas.

Visite o blog:
http://ge-questa.blogspot.com/



sábado, junho 17, 2006

PILHAS DE LIVROS

Foi com efusiva alegria que recebemos o prémio.
A EB1/JI do Raminho foi uma das 1000 escolas vencedoras na acção Pilhas de Livros 2006.
Demonstrando, mais uma vez, ser uma Escola com uma comunidade educativa activa, com alunos, funcionários, docentes, pais e encarregados de educação responsáveis e atentos, com vontade de mudar o mundo com gestos e acções.
Congratulamos os Hipermercados Modelo pela iniciativa do concurso e agradecemos a excelente selecção das obras literárias que nos foram oferecidas e que proporcionarão belos momentos de exploração e leitura recreativa.
Aqui fica o registo do momento da descoberta do prémio...